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terça-feira, 14 de setembro de 2010

De volta ao front da Segunda Guerra

Veterano de Diadema conta experiência na batalha de Monte Castello, na Itália
Força Expedicionária Brasileira nos Apeninos - Itália ,1945
Itália, novembro de 1944, fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O pelotão da FEB (Força Expedicionária Brasileira) se posicionava no front do rio Reno, na Cordilheira Apenina, em pleno inverno europeu. Era o início da batalha de Monte Castello, que durou cerca de quatro meses. Sob o comando dos norte-americanos, os soldados da FEB e das Forças Aliadas marchavam rumo ao norte da Itália para tomar o controle dessa região, à época dominada pelas forças do Eixo, comandadas pelo Exército alemão.

Entre os cerca de 25.000 combatentes brasileiros estava o sargento Luiz Pedrozzelli, um jovem de 21 anos, que havia deixado o trabalho da roça no interior paulista para ingressar no Exército Brasileiro no final da década de 1930, e mais tarde se aventurar no front da guerra. Sua missão era comandar um grupo de quatro soldados artilheiros encarregados de calcular a localização das tropas inimigas, e disparar fogo pesado de canhão. Foi no dia 22 de fevereiro de 1945 que se deu o combate mais intenso da batalha de Monte Castello, cuja peleja está registrada nas lembranças de Pedrozzelli. “Naquele dia só a minha peça (canhão) deu mais de 500 tiros, os alemães não resistiram”, lembra-se o expedicionário, hoje com 90 anos de idade e uma disposição de viver contagiante.

Mesmo franzino e com uma altura mediana, o expedicionário lembra que era um soldado destemido. Poucos meses depois dessa batalha, que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, Pedrozzelli retornou ao país com algumas medalhas penduradas no peito e uma quantia “miúda” no banco, fruto do soldo que recebeu durante o período militar. Alguns meses depois do regresso, ao desembarcar em Salto, no interior paulista, sua missão era reencontrar-se com a jovem Helena, à época com 21 anos. Era sua “bela” noiva, que nunca perdera a esperança de vê-lo retornar do front com vida – cerca de 460 soldados brasileiros morreram na guerra.

Casaram-se há 65 anos e vieram morar em Diadema no final da década de 1940. Criaram dois filhos – que “hoje são dentistas”, alegra-se Pedrozzelli – e viram crescer os sete netos. O sorriso fácil revela que os tempos de chumbo não lhe tiraram a alegria de viver. O simpático noventão acolheu a reportagem do ABCD MAIOR em sua residência com um cafezinho de 40 minutos. Ao nos acompanhar até o portão, se despediu com a mão direita em sinal de continência: sinal dos velhos tempos.

2 comentários:

  1. Parabéns pela matéria sobre os pracinhas de Diadema.Tenho um blog o Resgate FEB que lembra a memoría dos nossos soldados da FEB. Valeu... Henrique Moura, abraço.

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  2. kkk fala serio foi so essa experiencia q ele teve.

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