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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Le Monde: Na web, a palavra de ordem das manifestações anti-EUA é: "não mexa com meu profeta"

Afegãos queimam uma bandeira americana em Ghanikhel por causa do filme "A Inocência dos Muçulmanos" 

Como foi organizada a manifestação parisiense do último dia 15, contra o filme islamófobo “A Inocência dos Muçulmanos”? À parte seu caráter espontâneo e não declarado, a mobilização perto da embaixada americana foi organizada através das redes sociais e por SMS.

Contatado pelo “Le Monde”, Samir Amghar, sociólogo no Instituto de Estudos do Islamismo e das Sociedades do Mundo Muçulmano, garante não ter visto anúncios na blogosfera salafista. Segundo ele, a manifestação foi obra de “jovens entre 18 e 35 anos, da segunda geração de imigrantes muçulmanos re-islamizados, e que moram em bairros populares”. Para a mobilização, os manifestantes usaram o Facebook e o Twitter, com uma palavra de ordem: “Não mexa com o meu profeta” [“Touche pas à mon prophète”, em francês].

No dia 12 de setembro, enquanto a fúria ia aos poucos tomando conta do mundo árabe, a adaptação do antigo slogan da SOS Racisme, “Touche pas à mon pote” [“não mexa com o meu amigo”], começou a pipocar nas fotos de perfis privados ou em páginas públicas do Facebook em francês. A palavra de ordem também foi parar entre os temas mais discutidos no Twitter no sábado, com a tag “TouchePasAMonProphete, lançada no dia 13 de setembro pelo Twitter da mesquita de Montreynaud em Saint-Étienne.

“Boa imagem do islamismo”
 Houve debates sobre a organização de um protesto na França contra o filme nas redes sociais bem antes do dia 15. A página do Facebook “Manifestação em Paris contra o filme ‘Inocência dos Muçulmanos’”, criada no dia 12 de setembro, na segunda-feira (17) já contava com 4.000  “curtidas” de seguidores.

A questão da imagem veiculada por tal mobilização é a mais discutida ali, com centenas de comentários em um post que faz apelo para que se “mostre a boa imagem do islamismo. (...) Não estamos protestando para fazer bagunça (...) é só para mostrar nosso descontentamento [com] esse filme inaceitável”.  

A página do Facebook também permitiu estabelecer, de maneira colaborativa, o local e a data da manifestação. Os administradores preferiam uma reunião no sábado (22) diante da Grande Mesquita de Paris, aparentemente em razão de uma demora maior do que o previsto para entrar em contato com as autoridades parisienses.

Mas os manifestantes do dia 15 de setembro provavelmente estavam entre aqueles que pediram para que isso fosse “feito rapidamente” para aproveitar o “momento”, contrariando a coordenação mais oficial conduzida na página do Facebook. “A prefeitura não responde! Não é fácil conseguir a autorização... última solução: fazer [a manifestação] assim mesmo, mas temo que as coisas saiam de controle!”, comentaram no dia 13 de setembro.

Desde então, “enojados” com as imagens das prisões em Paris, os administradores da página têm tentado organizar, com a ajuda de seus seguidores, um 22 de setembro com bandeiras, microfones e serviço de segurança.

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