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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Embraer vira inspiração


Após a privatização, em 1994, governo federal manteve poder de veto no conselho da fabricante de aviões

A transição da Ceitec de uma empresa pública para a gestão privada tem até um modelo de trajetória. A inspiração é outra organização que começou estatal, gerou tecnologia e formou mão de obra no setor onde atua e hoje é uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo.

– O meu sonho de consumo para a Ceitec é que venha a ser uma espécie de Embraer. É uma empresa na qual o governo preserva o controle estratégico, mas a operacionalização é privada – compara o presidente da Ceitec, Cylon Gonçalves da Silva, ponderando existirem diferenças, como o fato de o ramo da Embraer ter poucos concorrentes.

Criada em 1969 pelo governo federal em São José dos Campos (SP), a Embraer nasceu como uma companhia de capital misto mas de controle estatal, com 500 funcionários e capacidade de produzir apenas duas aeronaves modelo Bandeirante por mês. Foi privatizada em 1994 e hoje é a terceira maior fabricante de aviões do mundo, com R$ 12,2 bilhões de receita líquida no ano passado e 18 mil colaboradores. Apesar de ser sócia minoritária por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a União mantém direito a veto em questões estratégicas, como transferência do controle acionário da companhia.

Secretário estadual da Ciência e Tecnologia durante o governo Olívio Dutra (1999-2003), quando um convênio com a Motorola esboçou o primeiro desenho da Ceitec, o deputado estadual Adão Villaverde (PT) é outro filiado à tese de que a empresa precisa de uma alteração no regime jurídico para ganhar agilidade e competir em um setor com transformações tão rápidas.

– Estou convencido de que o norte da Embraer é um bom caminho. Amplifica a dinâmica da Ceitec, mas é mantida a relação com o Estado. É um negócio de tecnologia de ponta, necessita de grande agilidade para se movimentar rápido, ainda mais em um setor em que as mudanças ocorrem de forma acelerada, mas precisa de algum suporte do governo – avalia o deputado, que não acredita em oposição ideológica a uma eventual privatização da estatal.

Para Villaverde, a Ceitec ainda tem o potencial de representar para o Rio Grande do Sul o mesmo que o polo petroquímico simbolizou na década de 1970 – outro exemplo de empreendimento que nasceu pela mão estatal e criou musculatura após passar para a gestão privada.

Verba pública ajuda a impulsionar o setor
Um pouco mais resistente é o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), uma das lideranças políticas que lutaram por recursos para a Ceitec quando coordenava a bancada gaúcha e o Ministério da Ciência e Tecnologia era comandado pelo seu partido. Apesar de concordar que o engessamento estatal não serve para a empresa, prega a manutenção do controle pelo governo federal, nos moldes do que ocorre com a Petrobras.

– A Ceitec poderia abrir o seu capital e conquistar parceiros, mas deve manter o controle estatal – sugere Beto.

Para o parlamentar, a Ceitec precisa ser centrada no design de chips e na formação de mão de obra e não concorrer globalmente como uma fábrica.

Jacobus Swart, especialista em semicondutores da Unicamp, avalia que, a despeito das dificuldades para deslanchar, a Ceitec teve a contribuição de forçar o país a ingressar em uma área que precisa de uma política de apoio persistente.

– O valor investido ainda não trouxe recompensa se considerar apenas o financeiro, mas é um caminho para chegar num cenário com retorno financeiro e tecnológico para o país. Trata-se de uma fábrica não no estado da arte, mas que certamente poderá cobrir um nicho de mercado importante e estratégico para o país – define Swart.

Um comentário:

  1. A EMBRAER está de parabéns, é uma inspiração p termos n caça supersônico tupiniquim, ainda q uma cópia e com avionicos de td os países....+ p ontem, o BRASIL agradece; mercado vai ter, vide o Tucano. sds.

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