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terça-feira, 23 de abril de 2013

Marinha compra drones para usar como alvo aéreo no Rio


Adquiridos em licitação, veículos não tripulados custaram R$ 10 mil cada; Aviões-robô vão ser usados em treino de tiro na área militar de Marambaia

A Marinha adquiriu nove drones, aviões não tripulados e remotamente controlados (vants, na sigla em português), para usar em testes como alvo aéreo no Rio de Janeiro.

Segundo o Centro de Apoio a Sistemas Operativos (Casop), os aviões-robô foram adquiridos através de um processo de licitação vencido em novembro de 2012 pela empresa BRVant.

As aeronaves foram entregues à Marinha durante a Laad, a maior feira de defesa e segurança da América Latina realizada no Rio de Janeiro entre 9 e 12 de abril. O preço dos equipamentos varia conforme a versão do modelo, entre R$ 10 mil e R$ 40 mil. Os da Marinha custaram cerca de R$ 10,5 mil cada, informou a empresa.

O modelo é chamado de Cardeal e tem 2,2 metros de envergadura, com peso variando entre 8 kg e 18 kg. É movido a gasolina e pode levar câmeras e outros equipamentos acoplados.

O Casop informou que o Cardeal será usado para treinamento de tiro dos fuzileiros navais na restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, uma área restrita militar em que o voo de drones é permitido. A princípio, ele será manipulado para que os soldados façam testes focando alvos aéreos com canhões e misseis portáteis.

Entre as ideias avaliadas está colocar birutas ou sinalizadores nos aviões-robô. O objetivo é não destruir o vant. Segundo a Marinha, os aviões eram adquiridos até o ano passado de uma empresa britânica, porque não havia um brasileiro similar.

O projeto do avião foi desenvolvido em uma parceria da empresa com a Marinha e os militares pediram algumas mudanças durante os testes de avaliação do drone, que funciona por meio de rádio controlado em um raio de até 2 km e, por rádio semiautomático, em uma distância de 10 km.

Como são vants militares e atuam em espaços aéreos restritos militares de baixa altitude, sem avião civil, não precisam de autorização para voar, informou o Casop. Um décimo avião, feito para testes de aperfeiçoamento pela BRVant, também está à disposição da Marinha.

Em março, um balanço inédito do G1 divulgou que mais de 200 drones estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para o uso civil e comercial destas aeronaves. O número foi obtido a partir de levantamento realizado com fabricantes, importadores, empresas e órgãos de governos estaduais.

No Brasil, ele começa a ser usado por agricultores, polícias, órgãos de defesa civil e companhias de energia elétrica, dentre outros órgãos, para monitoramento e vigilância.

Apenas dois vants civis, os da Polícia Federal, são autorizados a voar. A indústria nacional de defesa pressiona a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a construir uma legislação que embase o uso comercial de vants de pequeno porte no país. A agência diz que os estudos para regular o setor ainda estão em andamento.

2 comentários:

  1. Apenas um detalhe o drone mostrado na foto é um da us navy, salvo engano o bqm74 chukar, o que a nossa marinha adquiriu é um modelo da brvant o brv cardeal 55, lamentavelmente no site da empresa a foto é muito ruim
    http://www.brvant.com.br/solucoes.html
    abraços

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  2. E o Carcara I, e o Carcará II que são fabricados no Brasil, vem sendo utilizados também nas forças armadas?

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