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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Afiliada da Al Qaeda é vista como complicador para a paz na Síria

Combatentes do Jabhat al-Nusra em Aleppo
Enquanto se intensifica o planejamento para a conferência de paz em Genebra para a guerra na Síria, a ascensão de um grupo afiliado à Al Qaeda mina as chances de um fim negociado para o conflito, disse um alto funcionário do Departamento de Estado americano.


Ao desafiar os rebeldes moderados sírios, o grupo Estado Islâmico do Iraque e Síria os força a lutar em duas frentes e a desviar recursos da batalha deles contra o governo do presidente Bashar Assad, disse o funcionário.

Ao apresentar uma face extremista ao mundo, continuou, o grupo também está contribuindo para os esforços de Assad de retratar o conflito na Síria como um cabo de guerra entre governo e jihadistas.

"Isso proporciona confiança e conforto ao regime, assim como tornará mais difícil a tarefa de extrair concessões por parte do regime na mesa de negociação", completou o funcionário, que se recusou a ser identificado, em cumprimento ao protocolo do Departamento de Estado para informar aos repórteres sobre diplomacia em andamento.

O secretário de Estado americano, John Kerry, que chegou a Paris na segunda-feira para o primeiro de três dias de palestras nas capitais europeias sobre diplomacia no Oriente Médio, deverá se encontrar com diplomatas de outros 10 países em Londres na terça-feira, para discutir os preparativos para a conferência de paz síria.

A principal meta da conferência de paz, que deverá ser realizada no mês que vem em Genebra, apesar de nenhuma data ter sido marcada, é o estabelecimento de um governo de transição "por consentimento mútuo" dos sírios, que não incluiria Assad.

Mas o alto funcionário do Departamento de Estado disse que os combatentes do Estado Islâmico do Iraque e da Síria, conhecida pelas iniciais em inglês ISIS, atrapalham o fluxo de assistência americana e de outros países dentro da Síria, diluindo o esforço para aumentar a pressão sobre o líder sírio.

"Tem sido muito disruptivo para nossos esforços transfronteiriços. Muito disruptivo", disse o funcionário.

Como se para ilustrar sua determinação em ignorar as exigências dos Estados Unidos e de outros países para que abra mão do poder, o presidente sírio sugeriu em uma entrevista para uma emissora de TV de Beirute que buscaria a reeleição no ano que vem.

"Pessoalmente, eu não vejo qualquer obstáculo para ser indicado para disputar as próximas eleições presidenciais", disse Bashar Assad à emissora al-Mayadee. Ele disse que era cedo demais pata decidir, mas que sua escolha se basearia "na vontade do povo".

Assad pareceu receber uma ajuda na segunda-feira, quando um proeminente líder rebelde no sul da Síria, que foi um dos primeiros oficiais militares a desertar publicamente das forças do regime, foi morto em combate contra seus ex-colegas, disseram ativistas antigoverno e a mídia estatal.

O líder, Yasser al Abboud, ocupava o posto de tenente-coronel no exército sírio antes de se juntar ao levante contra Assad em 2011, liderando uma grande formação rebelde na província de Daraa, no sul.

Ativistas antigoverno postaram vídeos do funeral na aldeia de Al Abboud, onde dezenas de rebeldes dispararam para o alto em uma saudação final.

Enquanto o governo Obama aponta para o crescente papel dos extremistas na Síria, sua política continua sendo alvo de críticas, com queixas de que os Estados Unidos forneceram à oposição moderada síria muito pouco, tarde demais.

Autoridades americanas não anunciaram nenhum novo esforço para fornecimento de armas ou outras formas de apoio militar para a oposição moderada que elas esperam que combata o papel dos extremistas.

No mês passado, funcionários do governo notificaram o Congresso de que o governo Obama forneceria uma assistência não letal adicional de US$ 100 milhões para a oposição moderada, como parte do pacote de US$ 250 milhões que foi anunciado.

Em uma coletiva de imprensa em Paris, Kerry reconheceu que a situação militar na Síria mudou um pouco a favor de Assad desde que Kerry e Sergei V. Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, anunciaram planos em maio para uma conferência de paz de Genebra.

Mas Kerry insistiu que os ganhos militares do governo sírio não enfraqueceram a estratégia diplomática do governo Obama de estabelecer um governo de transição na Síria, que não incluiria Assad.

"Não importa quem esteja por cima ou por baixo no campo de batalha, o objetivo de Genebra permanece o mesmo", disse Kerry sobre a conferência.

 "Se ele acha que resolverá os problemas disputando uma reeleição, eu posso dizer a ele com certeza que esta guerra não terminará enquanto for esse o caso ou ele estiver lá", disse Kerry, referindo-se a Assad.

Um comentário:

  1. A Al-Qaeda vai ser o bode expiatório para o fracasso de Genebra,2,3,4 ou quantos fizerem, ninguém quer a paz, o auto proclamado exército livre sírio também não está aceitando esse tratado, é obvio que EUA, Rússia, Irã, UE, estados do golfo ninguém quer paz, nenhum financiador tanto dos rebeldes quanto do governo do Assad ninguém quer paz, o preço do petróleo aumenta com guerras, a Síria está no centro do oriente médio. E o comentário do Kerry, é tipico comentário político, 100% propaganda 0% verdade, vamos supor que o Assad saísse, o que mudaria na guerra? Qual grupo iria querer a paz? A Síria seria uma soma de Iraque e Líbia bem piorado, afinal já possui uma quantidade de milícias enormes com um governo ainda existindo, imagine com vazio que sempre se cria com queda de um governo? A oposição do Assad que vive no exterior, não fede nem cheira dentro da Síria para mandar em absolutamente nada. Existem várias milícias sunitas e várias xiítas, além de alauitas, curdos, e até cristãos e drusos armados, paz na Síria nem daqui 50 anos, e todos esses membros de Genebra sabem disso. Sabem o que seria mais esperto pro Assad, cria a independência da região alauita onde ele tem apoio e não precisa de Irã e Rússia, entrega Damasco e outras regiões que domina ainda para os grupos armados xiítas pró Irã que estão lá e não são poucos, e cai fora, porque hoje o Assad é apenas uma peça totalmente sacrificável em um tabuleiro de xadrez com 500 interesses por trás.


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